A questão financeira é importante não apenas para que a família consiga manter as contas em dia, mas também para realizar sonhos e conquistar objetivos. Para isso ser possível, todos devem se envolver e colaborar para que tudo fique devidamente organizado.
Quando a família conta com filhos, sempre surge a dúvida se eles devem ser ou não envolvidos nas questões de finanças familiares. Para te ajudar a tomar a melhor decisão, veja a seguir o que você deve saber sobre o assunto.
Envolver ou não os filhos no orçamento familiar?
A elaboração de um orçamento familiar é importante para garantir que toda a família consiga fechar as contas no final do mês. Com base no equilíbrio entre o que entra e o que sai do orçamento, é mais fácil garantir que tudo seja cumprido como o esperado.
Porém, se os filhos também fazem parte da casa e, portanto, do orçamento, eles não deveriam ser envolvidos na discussão que os cerca?
A resposta é sim, os filhos devem participar das questões ligadas ao orçamento de modo a favorecer o cumprimento de todas essas questões. O motivo é simples: quanto mais participação há de todos os envolvidos, mais chances de sucesso há para as finanças da casa.
Além disso, contar com o envolvimento dos filhos nesse sentido é uma forma de gerar, desde cedo, o senso de responsabilidade sobre o dinheiro. Eventualmente, isso faz com que as crianças e adolescentes fiquem mais responsáveis quanto às finanças na vida adulta.
Quando envolver os filhos nessas questões?
O assunto é delicado e, muitas vezes, pouco tratado dentro das casas. A verdade, entretanto, é que o dinheiro faz parte da vida de todos, e o ideal é que os filhos entendam o quanto antes a importância de se planejar.
Por isso, o momento para envolver os filhos nessas questões é tão logo haja capacidade de compreensão cognitiva. Ensinar sobre dinheiro para um bebê não é produtivo, mas de uma forma lúdica para uma criança em sua primeira infância é uma forma de conseguir resultados consistentes ao longo dos anos.
O importante é notar que os filhos possuem necessidades diferentes e possibilidades distintas de aprendizagem de acordo com a fase da vida. Uma criança mais nova provavelmente não vai entender completamente a capacidade de administrar uma mesada ao longo de todo o mês.
Por outro lado, adolescentes que estão quase indo para a fase adulta podem compreender muito mais facilmente questões como economia, investimentos e ganhos de rentabilidade.
O ponto aqui é entender quais são as capacidades do filho no seu estágio de vida atual e adaptar o ensinamento sobre dinheiro em busca de melhores resultados.
Como fazer a introdução do assunto?
Apesar da importância desse envolvimento dos filhos nas questões financeiras, é preciso agir com cuidado para garantir que os aprendizados sejam efetivos. Por ainda se tratar de um assunto pouco discutido, é preciso planejar a abordagem para gerar os resultados desejados.
Para introduzir o assunto, vale a pena pensar em questões como:
Ensine o valor do dinheiro
A primeira coisa a se fazer é ensinar o valor do dinheiro. Crianças mais jovens comumente acham que o dinheiro é facilmente obtido e que ele é ilimitado; então isso deve ser modificado desde o começo.
Vale a pena utilizar leituras especializadas para ensinar o valor do dinheiro, assim como ofertar uma quantia para determinadas tarefas. A questão não consiste em trocar obrigações da casa por dinheiro, mas, sim, incentivar a realização de tarefas extras em troca de determinada remuneração.
Converse sobre a administração de dinheiro
Não basta apenas oferecer mesada e/ou remuneração para os filhos. Uma vez que tenham o dinheiro, eles podem decidir fazer gastos impensados e, com isso, não aprender nenhuma responsabilidade sobre a administração.
Para contornar essa situação, o ideal é dar orientações sobre a administração do dinheiro. Ensine, por exemplo, por que poupar é importante e como fazer para planejar os gastos.
Dependendo da idade do filho, não é preciso ser nada complexo. Alguns pais optam, por exemplo, em fazer a seguinte sugestão: eles propõem que, ao final de determinado período, dobrarão o dinheiro guardado pelos filhos.
Isso garante não apenas que os filhos fiquem estimulados a poupar, mas também que eles busquem novas formas adequadas de conseguir juntar mais dinheiro.
Envolva-os nas questões financeiras da família
Muitos pais ficam em dúvida se deveriam envolver os filhos nas questões financeiras da família por medo de gerar preocupações quanto ao orçamento. Especialmente se a família encara algum tipo de dificuldade, esse assunto pode ser ainda mais delicado.
Porém, é importante envolver os filhos nas questões financeiras, sendo necessário apenas fazer do jeito certo. Não é recomendado despejar os problemas financeiros nos filhos, mas pode ser relevante pedir ideias e sugestões de como melhorar o orçamento.
Se algo incorreto for dito, trata-se de uma ótima oportunidade para corrigir e ensinar novos conceitos. Já se algo interessante for sugerido, o orçamento da família pode seguir por rumos otimizados, favorecendo a todos.
Mantenha a comunicação aberta
A visão sobre o dinheiro precisa ser trabalhada desde muito cedo. A criança deve encarar o seu uso de maneira responsável e de forma a atingir objetivos. Se ela encarar a utilização do dinheiro como algo problemático e tortuoso, é bem possível que leve isso para o resto da vida.
A melhor forma de fazer com que a relação com o dinheiro seja positiva é por meio da comunicação. Garanta que sempre haja espaço para o diálogo e para falar sobre o assunto, tirar dúvidas e fazer novos planos com a família. O importante é que o filho saiba que esse se trata de um aprendizado contínuo e que ele pode contar com o suporte da família para ter os melhores resultados.
O envolvimento dos filhos nas questões de finanças familiares garante uma visão mais adequada e mais responsável sobre o dinheiro, criando adultos que conseguem se planejar. Mais do que isso, contar com o envolvimento dos filhos também pode ajudar no encontro de soluções alternativas para o uso das finanças de casa de forma otimizada.
Ficou com alguma dúvida sobre como envolver os filhos nessa questão? Tem algum desafio para chegar lá? Conte nos comentários! E não deixe de conhecer mais sobre como você pode construir um legado para seu filho através do planejamento de vida e das finanças pessoais. Clique aqui.